#146: O capital encurtou. E agora?

O desafio de captar, a maturidade do ecossistema e o multifamily. Um novo ciclo imobiliário avança.

Recentemente, trouxemos um framework inédito para empreendedores imobiliários que vivem na pele os desafios da captação para seus projetos. Clique aqui e confira!

ABERTURA

O capital segue caro, o investidor continua exigente e o empreendedor ainda sente na pele a dificuldade de transformar projetos em negócios. Mas enquanto uns travam na captação, outros enxergam novas rotas.

Nesta edição:

  • Por que lançamos o Bootcamp Executivo de Funding Imobiliário, para fechar o gap entre quem sonha e quem aporta capital.

  • O último Mapa das Construtechs e Proptechs, que marca o fim de uma era e o início das “colisões” entre teses e da ascensão das real estate fintechs.

  • E a pergunta que não quer calar: qual retorno um multifamily precisa oferecer no Brasil para valer a pena?

Spoiler: quem dominar funding, tecnologia e ativos vai estar na frente na próxima década.

Boa leitura!

Na edição de hoje:

  • 🎓 Por que lançamos o Bootcamp Executivo de Funding Imobiliário

  • 🗺️ O último "Mapa das Construtechs e Proptechs do Brasil" e o futuro

  • 🏢 O retorno que um multifamily deve oferecer no Brasil para ser viável

  • 🎙️ Você também pode escutar essa edição clicando aqui

#1

Temos uma novidade para você

O capital está caro. As condições estão duras e, muitas vezes, o investidor não entende seu projeto.

Mas uma verdade permanece: precisamos encontrar caminhos para viabilizar negócios.

No nosso dia a dia, falamos com empreendedores de um lado e alocadores de capital do outro.

Só neste ano, foram mais de 430 reuniões com empreendedores imobiliários ou de startups e outras 121 com investidores. 

E a história que ouvimos é sempre a mesma: uma desconexão profunda entre as duas pontas.

  • Do lado do empreendedor: a queixa sobre a dificuldade de captar, a escassez de investidores e o desafio de ser compreendido.

  • Do lado do capital: a afirmação de que dinheiro não falta, mas mais da metade dos projetos sequer passa da primeira etapa pela má qualidade das apresentações.

A razão é simples: o empreendedor fala a linguagem do produto e do sonho, enquanto o investidor fala a linguagem do capital e da rentabilidade.

Essa lacuna se torna ainda mais evidente em um mercado cada vez mais sofisticado, com novos tipos de projetos, perfis de investidores e estruturas de financiamento.

E isso só tende a se intensificar.

Quando lançamos o Funding Napkin, pensamos justamente nisso: uma ferramenta para ajudar empreendedores a entender o que é exigido em cada etapa da captação.

Agora, vamos te dar o passo a passo de como usar e financiar seu projeto.

#2

Terracotta Bootcamp Executivo de Funding Imobiliário

Com a missão de preparar o empreendedor e conectar as duas pontas, lançamos o Bootcamp Executivo de Funding Imobiliário: o programa definitivo para quem quer captar do jeito certo. Clique aqui para saber mais

Em 6 semanas, vamos te ajudar a fechar o gap de conhecimento entre o setor imobiliário e o mercado financeiro. Nosso objetivo é que, ao final, você esteja muito mais preparado para apresentar seus projetos ao mundo do capital.

O que é?

Uma formação intensiva com metodologia híbrida, que combina a praticidade de encontros online com a profundidade de um dia imersivo presencial em São Paulo.

Você aprenderá a construir um plano de funding completo, pronto para ser apresentado a potenciais investidores.

Para quem é?

O programa é para quem entende que dominar a captação é a nova vantagem competitiva. Público-alvo:

Incorporadores buscando diversificar funding

Operadores de produtos alternativos (short stay, multifamily, multipropriedade etc.)

Empreendedores de construtechs e proptechs em busca de estruturar seu modelo de PropCo

Oportunidade de aprender com quem faz

Mais do que teoria, o bootcamp é prático e traz para a conversa nomes que estão no dia a dia do funding:

  • João Vianna: empreendedor serial, fundador da Loft e hoje à frente da Invisto. Experiência única em captar tanto para startups quanto para negócios imobiliários.

  • Mauro Daruj: Há quase duas décadas no mercado financeiro, especialista em funding e investimento imobiliário na Hedge Investimentos.

  • Caio Bonato: fundador da Tecverde e hoje à frente da Makasi, dedicada a destravar o funding para quem tem pouco acesso e, ao mesmo tempo, resolver as dores dos alocadores de capital.

  • Bruno Hardt: sócio-fundador e CIO de Private Markets na Prana Capital — companhia de investimentos que atua em ativos tradicionais e alternativos — responsável pela estratégia e gestão de investimentos privados (crédito estruturado, real estate e venture capital).

A cada aula, um nome de peso compartilhando experiência, visão de mercado, aprendizados e casos práticos em um formato interativo.

Por que participar?

Participar é investir em uma competência que o mercado exige cada vez mais, mas que poucos dominam. Você terá:

Resultados práticos: um plano de funding pronto, templates e roteiros de abordagem.

Visão de investidor: como estruturar seu pitch e apresentar projetos pela ótica do capital.

Aprendizado direto de quem faz: empreendedores, gestores e investidores que vivem essa jornada.

Networking qualificado: o Offsite SP será a chance de testar suas propostas, criar conexões e conhecer ao vivo os players mais relevantes do setor.

O mercado mudou.

A habilidade de dominar o funding é a chave para transformar oportunidades em negócios concretos.

Ser um empreendedor imobiliário à prova de futuro é estar preparado para falar a linguagem do capital.

Se estiver indeciso, nosso time está a disposição para conversar. Basta clicar aqui.

#3

O último Mapa das Construtechs e Proptechs

O mercado de tecnologia para construção e imobiliário no Brasil, antes visto como um ecossistema nascente de startups, atingiu um novo patamar de maturidade.

A edição 2025 do Mapa de Construtechs e Proptechs reúne 1.232 empresas, mostrando que a fase de “hype” ficou para trás e dando sinais de um setor mais estável, consistente e — acima de tudo — sustentável.

Menos startups, mais empresas

O crescimento no número de empresas mapeadas foi pequeno — e isso é positivo. Ele reflete a consolidação natural do mercado, onde a seleção acontece de forma orgânica.

Nos últimos três anos:

  • 319 startups encerraram operações.

  • 39 foram adquiridas, evidenciando estratégias de M&A cada vez mais sofisticadas.

Isso mostra que sobrevivem não apenas as mais inovadoras, mas as mais bem estruturadas e com modelos de negócio atrativos para compradores.

A era das “colisões” e das Real Estate Fintechs

Dois grandes movimentos marcam o mapa de 2025:

  1. As colisões entre teses de negócio.

O mercado imobiliário se funde a outros setores, tecnologias e modelos: real estate + saúde, modular + short stay, agro + imobiliário, tecnologia + financeiro.

As oportunidades mais promissoras estão justamente nessa intersecção.

  1. A evolução das Real Estate Fintechs.

Se antes eram apenas ferramentas para facilitar aluguel ou crédito, agora se tornaram motores de financiamento para o setor, levantando mais de R$ 4,1 bilhões nos últimos três anos em operações lastreadas em ativos imobiliários.

A linha que separa “startup” de “empresa tradicional” está cada vez mais tênue.

O novo ciclo não será definido pela próxima grande ideia, mas por quem conseguir combinar de forma estratégica tecnologia, capital e ativos para liderar o mercado.

O novo ciclo não será definido pela próxima grande ideia, mas por quem conseguir combinar de forma estratégica tecnologia, capital e ativos para liderar o mercado.

O último mapa das startups

Tudo evolui, e aqui não poderia ser diferente.

A edição 2025 marca o último Mapa das Construtechs e Proptechs — e isso acontece por uma boa razão.

Quer saber o que vem a seguir e acessar a edição final do mapa? Só clicar aqui.

#4

Qual retorno um multifamily precisa oferecer no Brasil?

O multifamily começa a ganhar espaço no Brasil.

Nos Estados Unidos, essa categoria representa 40% de todas as transações imobiliárias do país, movimentando mais de US$ 250 bilhões por ano em mais de 2.500 operações.

Não surpreende, portanto, que cada vez mais family offices e investidores me perguntam qual é a real perspectiva dessa tese no mercado brasileiro.

Os sinais de que a tendência chegou são claros, mas a questão central permanece:

Qual rentabilidade um multifamily precisa entregar para ser atrativo?

Cap rate em relação aos juros

Nos EUA, o multifamily é uma classe de ativos madura, com décadas de dados e ampla liquidez institucional.

E a forma mais objetiva de avaliar sua atratividade é comparar o cap rate médio do setor com o rendimento dos títulos públicos de longo prazo — no caso americano, o Treasury de 10 anos.

O padrão histórico

De 1986 a 2021 (excluindo a distorção da pandemia), a diferença entre o retorno médio do Treasury de 10 anos e o cap rate de multifamily ficou consistentemente entre 2 e 3 pontos percentuais.

Esse spread funciona como um prêmio de risco: compensa a vacância, os custos operacionais e a menor liquidez do ativo imobiliário em comparação ao título público.

Em condições normais, isso se traduz em um cap rate entre 5% e 6% ao ano no mercado americano.

E no Brasil, qual seria o patamar adequado?

Por aqui, o equivalente ao Treasury é o Tesouro IPCA+ com vencimento em 10 anos (NTN-B).

Na última década, esse papel rendeu em média algo próximo de IPCA + 5,7% ao ano (desconsiderando a pandemia).

Aplicando o mesmo spread observado nos EUA — cerca de +3 pontos percentuais — chegamos a um cap rate de referência de 8,7% ao ano para multifamily no Brasil.

Esse seria o retorno mínimo esperado apenas para competir com a renda fixa pública, assumindo que aluguel e valorização do imóvel acompanhem a inflação.

Abaixo desse nível, dificilmente um investidor sofisticado deveria considerar o ativo.

É viável entregar 8,7% a.a. em multifamily no Brasil?

A resposta é: sim, é possível — mas não em qualquer projeto, nem com qualquer estrutura ou operação.

Os ativos precisam ser selecionados com cuidado, com modelos de negócio e governança que sustentem essa rentabilidade.

Na edição desta semana do Investor Track, detalhamos os caminhos para aumentar as chances de sucesso e o que esperar da evolução do multifamily no Brasil. Clique aqui e acesse.

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